O Norte Pioneiro não foi somente colonizado por paulistas e mineiros além de outros membros de outras diversas origens. A exemplo da colônia japonesa presente em diversas cidades. Colônias organizadas de europeus foram constituidas na região, exemplo disso é o Município de Joaquim Távora onde existe uma presença forte de ucranianos, poloneses, sérvios, letos e outros eslavos. Na Colônia São Miguel, de ucranianos, em 1986 ocorreu uma tragédia em que a escola rural do lugar foi consumida por um incendio em que pereceram a Professora Maria Aparecida Beruski e oito de seus alunos, outros foram salvos pela ação dela, que é aqui contada em reportagem publicada pela FOLHA DE LONDRINA, neste domingo 1º de Julho de 2007, com fotos de Evaldo Monteiro e reportagem de Wilhan Santin.
Fico contente que o sacrificio desta mestra seja lembrado e refenrenciado, e também por ter indicado ao reporter a existencia da Colônia e em especial da Capela de São Nicolau, embrião de tão bela reportagem e informação.
Fico contente que o sacrificio desta mestra seja lembrado e refenrenciado, e também por ter indicado ao reporter a existencia da Colônia e em especial da Capela de São Nicolau, embrião de tão bela reportagem e informação.
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IGREJA ORTODOXA - Paranaense pode ser 1 santa da América Latina (Wilhan Santin - Folha de Londrina 01 de Julho de 2007)
Chamada de “a mártir de Joaquim Távora”, a professora Maria Aparecida Beruski morreu em 1986, junto com oito crianças, na escolinha onde lecionava
''Esta é uma história que faz arder meu coração''. É assim que a professora Maria Miskalo responde quando questionada sobre a sua sobrinha, a também professora Maria Aparecida Beruski, que morreu em 1986, junto com oito crianças da escolinha onde lecionava, na Colônia São Miguel, em Joaquim Távora.
A tragédia foi manchete da FOLHA de 5 de abril daquele ano, o dia seguinte ao acidente, e ganhou destaque na imprensa nacional. O fogo começou com a explosão de um botijão de gás, que era utilizado em um fogareiro, posicionado na única porta da escola, onde a própria professora fazia a sopa para o lanche das crianças.
''A escola era como se fosse um salão. De repente, o botijão explodiu e as chamas se espalharam muito rapidamente. O calor era insuportável. Eu era um garoto muito ligeiro e consegui sair por uma pequena janela. Já do lado de fora, puxei outros colegas. Mas, infelizmente, não foram todos que conseguiram fugir'', relembra o agricultor Celso Leonel Carvalho. Na época, ele tinha 12 anos e foi a primeira das cinco crianças que conseguiram se salvar. Hoje, ele trabalha em uma propriedade rural, que fica a poucos metros de onde era a escola e guarda na memória as tristes cenas do acidente.
O clima foi de comoção na cidade de Joaquim Távora durante um bom tempo após a tragédia. Porém, para a família da professora morta, que deve se tornar uma santa da igreja ortodoxa, a emoção fala mais alto até hoje, tanto que a sua mãe, Ana Miskalo Beruski, não faz qualquer comentário sobre o assunto.
''Ela tinha 27 anos. Era uma pessoa muito bondosa. Amava seus alunos. Já faz algum tempo, mas para nós parece que a tragédia aconteceu ontem. Minha sobrinha deu a vida por seus alunos. Vendo o prédio pegar fogo, ela preferiu ficar com as crianças, ajudando a salvar algumas, do que fugir das chamas. É uma mártir, mas agora o nosso bispo quer canonizá-la'', comemora Maria Miskalo.
Porém, quando a pergunta é sobre os milagres que já podem ter sido realizados por intermédio de sua sobrinha, a professora prefere ser comedida.
''Temos notícias de diversas pessoas que dizem ter recebido graças. Acredito que ela pode ter realizado milagres, mas tudo isso está mexendo demais com a nossa família, prefiro não dizer muito'', sintetiza.
De acordo com o bispo da Igreja Ortodoxa Ucraniana no Brasil, Dom Jeremias Ferens, a intenção é canonizar a mártir de Joaquim Távora o mais breve possível. ''Na Igreja Ortodoxa não existe a beatificação, o que acelera o processo para proclamar alguém como santo. Temos certeza de que a Maria Aparecida será a primeira santa ortodoxa da América Latina. Para isso, precisamos comprovar a existência de pelo menos dois milagres. Porém, já temos mais do que isso'', diz, entusiasmado.
Segundo o bispo, os casos mais excepcionais de milagres atribuídos à professora paranaense são de uma pessoa curada de alergia e de uma criança que tomou querosene por engano e escapou da morte. Ele relata ainda que um dossiê com todo o histórico da candidata à santa já está praticamente pronto e, após ser discutido no 11º Concílio da Igreja Ortodoxa Ucraniana da América do Sul, que acontecerá em setembro, deve ser enviado para a Metropolia dos Estados Unidos. De lá, o processo segue para o patriarcado da Igreja Ortodoxa, na Turquia. A resposta final pode demorar de um a três anos.
Chamada de “a mártir de Joaquim Távora”, a professora Maria Aparecida Beruski morreu em 1986, junto com oito crianças, na escolinha onde lecionava
''Esta é uma história que faz arder meu coração''. É assim que a professora Maria Miskalo responde quando questionada sobre a sua sobrinha, a também professora Maria Aparecida Beruski, que morreu em 1986, junto com oito crianças da escolinha onde lecionava, na Colônia São Miguel, em Joaquim Távora.
A tragédia foi manchete da FOLHA de 5 de abril daquele ano, o dia seguinte ao acidente, e ganhou destaque na imprensa nacional. O fogo começou com a explosão de um botijão de gás, que era utilizado em um fogareiro, posicionado na única porta da escola, onde a própria professora fazia a sopa para o lanche das crianças.
''A escola era como se fosse um salão. De repente, o botijão explodiu e as chamas se espalharam muito rapidamente. O calor era insuportável. Eu era um garoto muito ligeiro e consegui sair por uma pequena janela. Já do lado de fora, puxei outros colegas. Mas, infelizmente, não foram todos que conseguiram fugir'', relembra o agricultor Celso Leonel Carvalho. Na época, ele tinha 12 anos e foi a primeira das cinco crianças que conseguiram se salvar. Hoje, ele trabalha em uma propriedade rural, que fica a poucos metros de onde era a escola e guarda na memória as tristes cenas do acidente.
O clima foi de comoção na cidade de Joaquim Távora durante um bom tempo após a tragédia. Porém, para a família da professora morta, que deve se tornar uma santa da igreja ortodoxa, a emoção fala mais alto até hoje, tanto que a sua mãe, Ana Miskalo Beruski, não faz qualquer comentário sobre o assunto.
''Ela tinha 27 anos. Era uma pessoa muito bondosa. Amava seus alunos. Já faz algum tempo, mas para nós parece que a tragédia aconteceu ontem. Minha sobrinha deu a vida por seus alunos. Vendo o prédio pegar fogo, ela preferiu ficar com as crianças, ajudando a salvar algumas, do que fugir das chamas. É uma mártir, mas agora o nosso bispo quer canonizá-la'', comemora Maria Miskalo.
Porém, quando a pergunta é sobre os milagres que já podem ter sido realizados por intermédio de sua sobrinha, a professora prefere ser comedida.
''Temos notícias de diversas pessoas que dizem ter recebido graças. Acredito que ela pode ter realizado milagres, mas tudo isso está mexendo demais com a nossa família, prefiro não dizer muito'', sintetiza.
De acordo com o bispo da Igreja Ortodoxa Ucraniana no Brasil, Dom Jeremias Ferens, a intenção é canonizar a mártir de Joaquim Távora o mais breve possível. ''Na Igreja Ortodoxa não existe a beatificação, o que acelera o processo para proclamar alguém como santo. Temos certeza de que a Maria Aparecida será a primeira santa ortodoxa da América Latina. Para isso, precisamos comprovar a existência de pelo menos dois milagres. Porém, já temos mais do que isso'', diz, entusiasmado.
Segundo o bispo, os casos mais excepcionais de milagres atribuídos à professora paranaense são de uma pessoa curada de alergia e de uma criança que tomou querosene por engano e escapou da morte. Ele relata ainda que um dossiê com todo o histórico da candidata à santa já está praticamente pronto e, após ser discutido no 11º Concílio da Igreja Ortodoxa Ucraniana da América do Sul, que acontecerá em setembro, deve ser enviado para a Metropolia dos Estados Unidos. De lá, o processo segue para o patriarcado da Igreja Ortodoxa, na Turquia. A resposta final pode demorar de um a três anos.
5 comentários:
Ler isso é realmente emocionante a história dessa professora é incrivel minha tia ja contou sobre ela quando vi uns albuns antigos ela era prima da minha tia, ela é um orgulho pra todos nós, Otima materia
abraços
Jaqueline Miskalo
E uma história muito triste para quem lê e para quem não consegui se salva como foi o caso dos meus queridos colegas e da minha querida professora. E para mim lêr isso é uma dor muito grande sou uma das sobreviventes que o Celso puxou. Realmente um milagre.
Patricia Daniele Tomazi
Essa história é triste para quem lê, para quem lembra dos familiares, e para quem relembra dos tristes momentos com meus queridos colegas e com minha querida professora, sou uma das sobreviventes que o Celso puxou na que dia. Para mim o Milagre começou ali.
Patricia Daniele Tomazi
Ainda sendo professora ainda fazia merenda.
Grande heroína, essa professora , que descanse com Deus, e que analisemos todo fato ocorrido para que não ocorra mais acidente assim. Ela fez o melhor, lutou, perdeu a vida amando e lutando.
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