Este texto foi publicado em Fevereiro de 2012 pelo Jornal Popular por ocasião do aniversário de emancipação política do Município de Cornélio Procópio.
Procurei adequar alguns pontos para que ficassem mais claros e objetivos.
CORNÉLIO PROCÓPIO
HISTÓRIA E PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
HISTÓRIA E PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
Prof.Me.Roberto Bondarik
FERROVIA SÃO PAULO - PARANÁ ENTRE OURINHOS E APUCARANA (FONTE: http://vfco.brazilia.jor.br ) |
O desenvolvimento econômico e social de Cornélio Procópio desde a sua ocupação efetiva, que se deu a partir de 1930 com o estabelecimento da Estrada de Ferro São Paulo – Paraná e sua respectiva estação foi todo ele baseado na cafeicultura. Esta dependência deu-se até 1975 quando ocorreu a Geada Negra. Outros fatores contribuíram para a erradicação cafeeira, porém esse foi o mais radical de todos.
Desde 1975 o Norte do Paraná, Cornélio Procópio ai incluso, tateia em busca de uma nova base econômica que sustente o seu desenvolvimento. Nestes já quase 37 anos passados diversas possibilidades surgiram e é evidente que houve uma imensa diversificação de atividades nas muitas regiões e municípios que compõem o Norte do Paraná. Seria muito difícil encontrarmos uma única atividade econômica como a cafeicultura que era muito abrangente e congregava capitais e pessoas de maneira intensa. Com a erradicação da cafeicultura perdemos dinheiro, população que se deslocou para outras regiões e perdemos representação política em relação ao próprio Estado do Paraná: menos eleitores, menos representantes, menos porcentagem dos orçamentos, etc.
O desenvolvimento passou a ser cobrado de forma intensa pelos eleitores e a principal política pública que se busca é a geração de empregos. Coube aos governantes e suas diversas esferas atuarem neste sentido e melhores perspectivas se fizeram sentir. A industrialização tornou-se o objetivo a ser alcançado pelo Norte do Paraná, porém atingi-la ou criar-lhe condições para seu estabelecimento e desenvolvimento é difícil. A indústria exige infra-estrutura (energia, transporte, espaço físico, etc), mão-de-obra aos menos minimamente qualificada e um ambiente de negócios que seja favorável ao empreendedorismo, ou seja, que haja oportunidade de negócio.
Cornélio Procópio possui atualmente uma boa infra-estrutura educacional, colégios públicos que possuem excelente nível e destaco o Colégio Estadual “Cristo Rei” (Magistério) como melhor exemplo disso, faculdades e universidades. No ensino superior destaca-se a Universidade Tecnológica Federal do Paraná que possui aqui um dos seus mais antigos Campi no Estado. Seu crescimento não foi apenas o físico que pode ser facilmente constado, mas de ensino. São hoje quatro cursos de engenharia (de Controle e Automação, Computação, Mecânica e Elétrica) cursos técnicos, cursos tecnológicos, licenciatura em Matemática, pós-graduação (especializações e mestrado), etc. O impacto econômico inicial do crescimento da UTFPR pode ser constado na construção civil da cidade e no mercado imobiliário, nunca se construiu e alugou tanto em nossa história, pelo menos desde os tempos da expansão do café. A relação direta da UTFPR com a indústria dá-se pela natureza de seus cursos que dão ênfase a preparação de pessoas que atuem dentro dos diversos níveis desse setor econômico.
Fachada do Colégio Estadual Cristo Rei Ensino Normal |
Campus Cornélio Procópio da Universidade Tecnológica Federal do Parana (Fonte: http://www.utfpr.edu.br) |
Oportunidades de negócio e de desenvolvimento tecnológico e industrial existem em Cornélio Procópio até mais que outras cidades do Norte do Paraná: espaço físico, uma Universidade Tecnológica formando engenheiros, energia, mão-de-obra, entre outros. Existe também uma falta de infra-estrutura que é comum a todo o Norte: faltam-nos estradas de qualidade, duplicadas, que permitam o fluxo de caminhões que são cada vez maiores. Beira o limite do absurdo um Estado como o nosso que se pretende moderno, ágil e desenvolvido não ser interligado por uma rede de estradas duplicadas que permitam um fluxo continuo de transporte entre suas diversas regiões. Há quase cem anos tivemos um Presidente da República para quem, governo e desenvolvimento eram abrir estradas.
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