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25 de Maio - Dia da Industria e A Industria no Paraná
(Por Roberto Bondarik)
Neste dia da Industria (Decreto Nº 43.769 de 21 de Maio de 1958), cabe-nos lembrar que a sociedade brasileira é urbana e industrial, significando isto que boa parte de sua riqueza é gerada pela industria (35% do PIB) e que a maioria da população vive nas cidades e não mais no campo. A industria torna-se assim a mais viável opção para a geração de empregos e também uma promessa predileta momentos de crise e eleições pelo Brasil afora.
Iniciada na Grã-Bretanha em meados do séc. XVIII (Primeira Revolução Industrial), as origens da indústria estão ligadas ao desenvolvimento e utilização de máquinas que substituíam a força e a habilidade humanas e à necessidade de produzir cada vez mais e com menos custos. No Brasil o primeiro industria moderna foi o Estaleiro de Ponta da Areia pertencente ao Visconde de Mauá, em Niterói-RJ. Irineu Evangelista de Sousa foi o primeiro industrial e capitalista brasileiro.
No Paraná falamos em industria principalmente após a abertura da Estrada da Graciosa e da construção da Ferrovia Curitiba-Paranaguá (metade final do séc. XIX), quando ocorre uma melhoria na produção de erva-mate. Surgem inúmeros engenhos para beneficiamento da erva tanto no Planalto em Curitiba como no litoral, representando nossa primeira experiência industrial. Houve a exploração de madeira (araucárias), seu beneficiamento e exportação. Surgem empresas voltadas à utilização da madeira em diversas cidades.
A cafeicultura, praticada no Norte do Paraná a partir de 1860, comportou inúmeras atividades suplementares industriais, ligadas a seu beneficiamento, transporte e embalagem. Na década de 1920 a fazenda de Antonio Barbosa Ferraz, em Cambará, era considerada o maior estabelecimento industrial do Estado. Havia ali maquinas de beneficiamento, oficinas e outras atividades correlatas.
Com a decadência do café, na década de 1970, soja e trigo ocupam o seu lugar mudando o perfil da agricultura do Estado. Decorrentes da nova atividade agrícola surgem industria de transformação desses produtos, ligadas em sua maioria à cooperativas agrícolas, como em Campo Mourão, Maringá, Carambei e Rolandia. Industrializar a produção agrícola demonstra ser um caminho para agregar maior valor e renda ao campo e gerar empregos nas cidades.
Em 1972 foi oficializada a Cidade Industrial de Curitiba, uma ampla parte da Capital do Estado foi reservada para a implantação e ampliação de indústrias. Terrenos com infraestrutura e urbanizados eram vendidos com subsídios aos interessados. É realizada a construção da Refinaria de Araucária e a instalação de empresas como a Volvo.
Na década de 1990, assistimos a instalação de montadoras de automóveis em Curitiba e região. Isso decorreu de uma conjuntura internacional favorável, do afastamento do Estado de setores da economia (privatizações) e sobremaneira da existência de vantagens fiscais, tributarias e de financiamentos oficiais decorrentes do regime automotivo. Pode-se afirmar que ocorreu pelo menos uma mudança no perfil econômico do Estado do Paraná ao longo de todo esse tempo. Lembramos que a industria para germinar e dar bons frutos depende da boa vontade de todos, muito trabalho, investimentos e maior e melhor educação e qualificação profissional da população.
Iniciada na Grã-Bretanha em meados do séc. XVIII (Primeira Revolução Industrial), as origens da indústria estão ligadas ao desenvolvimento e utilização de máquinas que substituíam a força e a habilidade humanas e à necessidade de produzir cada vez mais e com menos custos. No Brasil o primeiro industria moderna foi o Estaleiro de Ponta da Areia pertencente ao Visconde de Mauá, em Niterói-RJ. Irineu Evangelista de Sousa foi o primeiro industrial e capitalista brasileiro.
No Paraná falamos em industria principalmente após a abertura da Estrada da Graciosa e da construção da Ferrovia Curitiba-Paranaguá (metade final do séc. XIX), quando ocorre uma melhoria na produção de erva-mate. Surgem inúmeros engenhos para beneficiamento da erva tanto no Planalto em Curitiba como no litoral, representando nossa primeira experiência industrial. Houve a exploração de madeira (araucárias), seu beneficiamento e exportação. Surgem empresas voltadas à utilização da madeira em diversas cidades.
A cafeicultura, praticada no Norte do Paraná a partir de 1860, comportou inúmeras atividades suplementares industriais, ligadas a seu beneficiamento, transporte e embalagem. Na década de 1920 a fazenda de Antonio Barbosa Ferraz, em Cambará, era considerada o maior estabelecimento industrial do Estado. Havia ali maquinas de beneficiamento, oficinas e outras atividades correlatas.
Com a decadência do café, na década de 1970, soja e trigo ocupam o seu lugar mudando o perfil da agricultura do Estado. Decorrentes da nova atividade agrícola surgem industria de transformação desses produtos, ligadas em sua maioria à cooperativas agrícolas, como em Campo Mourão, Maringá, Carambei e Rolandia. Industrializar a produção agrícola demonstra ser um caminho para agregar maior valor e renda ao campo e gerar empregos nas cidades.
Em 1972 foi oficializada a Cidade Industrial de Curitiba, uma ampla parte da Capital do Estado foi reservada para a implantação e ampliação de indústrias. Terrenos com infraestrutura e urbanizados eram vendidos com subsídios aos interessados. É realizada a construção da Refinaria de Araucária e a instalação de empresas como a Volvo.
Na década de 1990, assistimos a instalação de montadoras de automóveis em Curitiba e região. Isso decorreu de uma conjuntura internacional favorável, do afastamento do Estado de setores da economia (privatizações) e sobremaneira da existência de vantagens fiscais, tributarias e de financiamentos oficiais decorrentes do regime automotivo. Pode-se afirmar que ocorreu pelo menos uma mudança no perfil econômico do Estado do Paraná ao longo de todo esse tempo. Lembramos que a industria para germinar e dar bons frutos depende da boa vontade de todos, muito trabalho, investimentos e maior e melhor educação e qualificação profissional da população.
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