terça-feira, 23 de junho de 2020

Como os EUA ajudaram a desenvolver a Blitzkrieg alemã

Entendemos tecnologia como um pacote de informações obtido das mais diferentes formas, maneiras e condições. A Alemanha, quando iniciou a Segunda Guerra Mundial, invadindo a Polônia e depois a França de forma muito rápida, fez o Mundo conhecer a sua tática da Britzkrieg ou "Guerra Relampago". Avançava rapidamente lançando mão de blindados, veiculos de transporte, bombardeio aéreo, lançamento de paraquedistas, mobilização da produção industrial para a guerra, etc. 
A capacidade alemã, apesar da truculência e do horror nazistas, foi admirada e considerada origeinal. Os norte-americanos logo viram que aquilo que os militares alemães conceberam nada mais era do a sua propria tecnologia copiada, adaptada e assimiliada.
Este artigo publicado na "Reader's Digest" de agosto de 1940 explicita bem isso:

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The Reader’s Digest – August 1940 – Volume 37, nº 220, p.117.

Como os EUA ajudaram a desenvolver a Blitzkrieg alemã

Condensado de “The United States News”
(Tradução e adaptação Prof. Roberto Bondarik, Dr.)

            O gênio criativo norte-americano contribuiu significativamente para o sucesso da blitzkrieg (guerra-relâmpago) alemã. Os Departamentos de Guerra e da Marinha dos Estados Unidos da América relutam em admitir que desdenharam e deixaram enterrados em seus arquivos armas e conceitos de guerra que foram considerados valiosos pela Alemanha. O registro disso já é suficiente para falar por si.

            O conceito da organização da blitzkrieg é uma adaptação moderna das táticas de utilizadas pela cavalaria confederada durante a Guerra Civil norte-americana (1861-1865). A ideia de substituir o uso de cavalos por divisões mecanizadas e aviões também é norte-americana.

            Em abril de 1930, o Major-General J.K. Parsons, então no posto de coronel, enviou um relatório ao Departamento de Guerra recomendando que o Exercito dos Estados Unidos da América fosse organizado em seis divisões mecanizadas com 486 tanques cada uma. O relatório foi anotado e o Exercito dos EUA possui apenas uma brigada mecanizada. As divisões Panzer da Alemanha, devastadoras, seguem o plano de Parsons, mesmo nos mais mínimos detalhes organizacionais e administrativos.

            O General de Brigada William Mitchell foi um dos primeiros estrategistas militares a perceber o uso do avião em uma guerra. Ele foi submetido a julgamento por uma corte marcial e não viveu o suficiente para poder ver as forças militares alemãs seguirem os seus conselhos e usarem a aviação como uma poderosa força ofensiva.

            Foram os norte-americanos quem, em 1918, começaram a fazer uso de blindagem para proteger os pilotos nos aviões, seus artilheiros, observadores e os tanques de combustivel. Os alemães, em 1939, aperfeiçoaram tanto essa tecnica que deixaram os Aliados impressionados, deixando todos os aviões de combate dos EUA obsoletos e ultrapassados.

            A mobilização industrial, é o terceiro elemento importante na estratégia alemã. Também ela foi modelada a partir de um Plano do Departamento de Guerra dos EUA, que foi observado e estudado por militares alemães em visita ao país há vários anos.

            O uso de tropas paraquedistas foi criado, inicialmente, vez pelo Exercito dos EUA. O Sargento-Mestre E.H. Nichols, do Corpo Aéreo, desenvolveu a tecnica para lançar soldados paraquedistas, armas, munições e suprimentos por meio de um avião de transportes. Em uma demonstração em Brooks Field, Texas, tres soldados saltaram de um avião e em 20 segundos depois de atingirem o solo, começaram a disparar as tres metralhadoras lançadas junto com eles.

            O tanque (veiculo de combate blindado) era uma invenção britânica, mas a novidade das altas velocidades desenvolvidas pelos blindados alemães só foi possivel graças as esteiras (lagartas) de Christy. Esta invenção de um norte-americano, teria sido supostamente recusada por Washington.

            Cópias de patentes de produtos e processos norte-americanos até o presente momento foram facilmente obtidas por qualquer um, individuo ou potencia estrangeira, em nosso Escritório de Patentes. Apenas em tempo e de guerra e, somente por proclamação presidencial, as patentes podem ser mantidas em segredo. Mas agora, finalmente estamos mudando a lei, para que patentes que auxiliem à defesa nacional sejam retidas e mantidas em segredo quando da sua publicação.

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Imagem do artigo original:





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