domingo, 23 de dezembro de 2012

A VEZ DA ÉTICA NAS EMPRESAS


           No rastro das novidades que foram sendo introduzidas no ambiente de trabalho pelo processo de globalização, o Brasil acolhe agora uma preocupação que já vai avançada pelo mundo afora a ética nas empresas.

O Brasil foi então atingido por este rastro imenso de novidades e inovações, sendo que muitas das quais ainda não foram inteiramente e completamente assimiladas. Como já foi colocado, uma destas novidades é uma preocupação sócio-comportamental que faz parte de uma profunda discussão que já vai bastante avançada pelo mundo. Trata-se da questão do tratamento que vem sendo dispensado a ética dentro das empresas a chamada Ética Empresarial, Ética Organizacional ou ainda Ética Managerial. “(...) No Brasil, registra-se uma preferência pelo uso das expressões ética nas organizações ou organizacional e ética nos negócios, provavelmente pela mencionada influência do idioma inglês que utiliza [as expressões ‘business ethics’ e ‘organizational ethics’] (...)”. (ZOBOLI, 2001, p.5)

         Procurar demonstrar as diversas áreas que abrangem ou que sejam abrangidas pela ética nas organizações empresariais. Apontar e identificar, estudar e compreender aquilo que pode então ser considerado ético ou mesmo anti-ético, bem como as diversas aplicações da ética e sua análise na sociedade principalmente no âmbito do trabalho e da atividade profissional e também dentro das organizações empresariais que caracterizam nossa civilização, apresenta-se portanto como um dos objetivos primordiais deste trabalho.
A necessidade de se determinar quais seriam os comportamentos e atitudes que podem ser considerados ideais, necessários e principalmente adequados para a vida e convivência em grupo, e que, desta forma sejam, portanto, também considerados morais ou imorais, tornou-se um constante em todas as sociedades, culturas e civilizações ao longo da história.
Os seres humanos convivem em sociedade e a convivência nos desafia de maneira constante ao enfrentamento de situações e que a busca de respostas para a questão - “Como agir em relação aos outros?”- torna-se uma necessidade urgente e primordial. Questionamento este que é muito fácil de ser levantado, mas que apresenta uma extrema dificuldade em ser respondido. Esta busca pela resposta é, apresenta-se pois como a questão central da Ética e da Moral.
Desde que o homem adquiriu consciência sobre a necessidade da vida em grupo e teve o necessário discernimento sobre a importância da convivência em sociedade, como essência do processo civilizatório.
Os fatores considerados básicos para que existam as condições de socialização e de sociabilidade, que se percebem desde os primórdios da humanidade, praticamente tornaram a "Questão Ética e Moral" preocupação constante e essencial para toda a humanidade[1].
A preocupação dos valores exigidos para a vida em sociedade, tomaram novamente um impulso principalmente após o advento do capitalismo na segunda metade da Idade Média[2], quando novamente evidente ocorreu uma centralização da vida urbana[3], tornando-se as cidades centro da vida social e econômica. Ocorreu a intensificação do comércio e a afirmação dos novos paradigmas que caracterizaram a modernidade, que também colocaram diante do ser humano diversos novos questionamentos.
Os administradores de empresas, os executivos[4], elegeram o comportamento concebido e entendido como ético como um fator essencial para o desenvolvimento estratégico de suas organizações e consequentemente para obtenção de competitividade e da conquista da lucratividade:

"(...) Percebe-se que a discussão ética vem assumindo posição de centralidade nas reflexões desenvolvidas no campo do Pensamento Estratégico, quer seja pelo crescente volume de literatura dedicado ao tema quer seja pela grande preocupação das organizações e da mídia quanto a temas como assédio sexual no trabalho, discriminação por raça, gênero ou opção ideológica, relações organização-comunidade, controle de corrupção, entre outros. Nesse cenário, a figura do gerente aparece em destaque, não só porque seria um ator organizacional diretamente responsável pelas ações estratégicas definidas e implementadas pelas empresas, mas sobretudo dado à sua capacidade de imprimir ao ambiente organizacional um novo posicionamento ético. No entanto, alguns desafios se impõem ao desenvolvimento efetivo de uma reflexão e ação realmente éticas dos estrategistas organizacionais." (TEODÓSIO, 2000, p. 55-58)

Como uma das organizações não governamentais, mantida por empresas e empresários, interessadas na difusão de um comportamento ético, podemos destacar a atuação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social[5], sediado na cidade de São Paulo. Este Instituto tem se destacado por seu trabalho como um dos mais atuantes na divulgação dos conceitos e comportamentos considerados como éticos, ou ,que ainda sejam, dentro do possível desejáveis e socialmente responsáveis dentro do meio empresarial brasileiro.
A discussão da ética é de extrema importância na conduta e comportamento das organizações empresariais frente ao mercado ao redor de todo o mundo. Trata-se da tentativa de estabelecer tipos de conduta aquilo que não está devidamente estabelecido ou suficientemente claro e corretamente exigido pela legislação vigente. Trata-se também de estabelecer aquilo que pode ser considerado certo ou aquilo que pode ser considerado errado nas ações que não se enquadram dentro da lei. Trata-se de buscar compreender e traçar os princípios e determinar os padrões que irão servir de orientação para o comportamento no mundo dos negócios[6].

REFERÊNCIAS:

SERAFIM, Maurício Custódio. A Ética No Espaço De Produção: Contribuições da Economia de Comunhão. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2001;

TEODÓSIO, Armindo dos Santos de Sousa. Ética & Estratégia: Variáveis Centrais Numa Equação Complexa no Campo Gerencial. Puebla, México: XIII Congresso Latino Americano de Estratégia - Del Pensamiento a la Accion Estratégica (SLADE), 2000, p. 55-58;

ZOBOLI, Elma Campos Pavoni. A Ética nas Organizações. São Paulo: Instituto Ethos, Reflexão ano 2, nº 4, março 2001;





[1] "(...) Desde a Antigüidade clássica, a ética é objeto de reflexão e debate nos mais variados campos do conhecimento, sendo a filosofia sua disciplina por excelência. Mas nem sempre essas discussões chegam ao grande público, o que contribui para a confusão que gira em torno da idéia da ética. Assim como a estética é percebida pelo senso comum na máxima "gosto não se discute", a ética, da mesma maneira, é entendida de uma forma estranha ao seu próprio conceito pela grande maioria das pessoas". (SERAFIM, 2000:p 17)

[2] Séculos XII a XV, principalmente (N.A.)

[3] Em seu apogeu no século II de nossa Era, também o Império romano tinha a parte principal de sua vida e existência centrada nas cidades e nas diversas aglomerações urbanas.

[4]  Chamados também, todos eles de “Managers” (Gestores). (N.A.);

[5] Maiores informações sobre a atuação do Instituto, bem como suas publicações podem ser encontradas no site disponível no endereço ;

segunda-feira, 23 de julho de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Revolução Constitucionalista no Norte Pioneiro do Paraná

Nesta semana completaram-se oitenta anos da Revolução Constitucionalista de de 1932. ocorreram combates no Norte Pioneiro do Paraná. Aproveito para reeditar o texto que publiquei aqui no Blog em 2008. 


Nove de Julho de 1932: A Revolução Constitucionalista no Norte Pioneiro do Paraná

Em 09 de julho de 1932 iniciava-se em São Paulo a Revolução Constitucionalista. A Guerra Paulista marcaria profundamente toda uma geração naquele Estado, mobilizando políticos, empresários, estudantes, homens e mulheres em um movimento que se estenderia até 03 de outubro daquele ano. Dias atrás uma personagem de novela de época lembrou sua atuação costurando uniformes e cachecóis para a tropa paulista.
Sob a reivindicação de uma constituição para o Brasil e o fim do Governo Provisório de Getúlio Vargas levantaram-se aqueles alijados por este do poder, aliados a outros que almejavam o controle do Estado de São Paulo e sentiam-se ludibriados pelos vencedores da Revolução de 1930. Foram meses de mobilização e mortes em várias frentes de combate.
Foi o Paraná palco dessas ações, a exemplo do que ocorrera na revolução anterior em 1930. A começar por forças do 5º RCD de Castro que se uniu aos paulistas em Itararé, como haviam feito em 1930. Outro fato a ser destacado foi o caso de acadêmicos de Curitiba que seguiram a pé pelo litoral e Serra do Mar, desde Antonina até São Paulo. Por fim as ações de combate verificadas no Norte Pioneiro do Estado, chamado à época de Ramal do Paranapanema em referência à ferrovia que corta a região de Jaguariaiva até Ourinhos-SP.
As ações no Norte Pioneiro ficaram sob o comando dos Generais João Francisco e ElisiárioPaim, sendo que este liderava uma coluna de provisórios da Brigada Militar Gaúcha. Estas tropas federais tinham o seu quartel-general em Wenceslau Braz enquanto os paulistas constitucionalistas ocupavam Ribeirão Claro, Jacarezinho e Cambará, invadidos a partir de Ourinhos e Xavantes. Tais informações encontram-se presentes em artigo de jornal escrito por Luiz Ignácio Domingues, documento preservado por mãos habilidosas e cuidadosas na Biblioteca Pública do Paraná. Intitulado "Centenas de Vidas Foram Sacrificadas na Aventura da Revolução Constitucionalista" o artigo foi publicado pelo  Jornal "O Estado do Paraná" em 1º de Dezembro de 1974. 

Domingues teria participado das ações das tropas federais na região. Segundo ele em 05 de agosto de 1932, próximo a ponte ferroviária sobre o Rio Jacaré, próximo a Jacarezinho, o General Paim enfrentou os paulistas e os fez recuar no final do dia 07 pela estrada de Ourinhos. Outros combates ocorreram ainda entre os dias 22 de setembro e 03 de outubro, como o da Fazenda Laranjal e Porto Maria Ferreira (hoje sob as águas represadas do Rio Itararé). As tropas federais, gaúchos em sua maioria, transpuseram Cambará, ultrapassaram o Rio Paranapanema chegando a Salto Grande onde bloquearam a ferrovia, fato que impediria a fuga do Estado Maior e lideranças constitucionalistas para o Mato Grosso e paises vizinhos, gerando isso um ataque mal sucedido de um trem blindado paulista.
Outras tropas ocuparam a região da Pedra Assassina diante de Ourinhos até que aquela cidade fosse também ocupada. Há que se lembrar que a passagem entre Riberão Claro – Xavantes continuava impedida pela Ponte Alves de Lima, destruída desde a Revolução de 1930.
Uma síntese do que foram os combates no Ramal do Paranapanema e o pelo que passaram os combatentes, pode ser conhecida pela ordem do dia da Coluna João Francisco e reproduzida por Domingues:
O que foi a marcha e travessia do Paranapanema, o que foram os dias de inquietação e de sacrifícios, sob a inclemência do tempo, sem calçados, sem agasalhos, quase nus, parcamente alimentados, sob intensa e violenta fuzilaria na defesa da ponte metálica para Ourinhos, não poderei eu dizer, que horas tais vivem-se, sentem-se, depois de se ter vivido, mas não se pintam, nem se descrevem”.


Fonte: DOMINGUES, Luis Ignácio. Centenas de Vidas Foram Sacrificadas na Aventura da Revolução Constitucionalista. Jornal "O Estado do Paraná", 1º de Dezembro de 1974. (Original disponível no acervo de recortes - pasta - de jornal do setor de Documentação Paranaense da Biblioteca Pública do Paraná - Curitiba)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O ASSASSINATO DE FRANCISCO FERDINANDO EM SARAJEVO E A TRÁGICA HISTÓRIA DE SEU CARRO

Império Austro-Húngaro em 1914
Em 28 de Junho de 1914, na cidade de Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, então uma província do Império Austro-Hungaro, foi assassinado o príncipe herdeiro desse Império. Francisco Ferdinando foi morto juntamente com sua esposa Sophia Maria, quando se deslocavam de automóvel pelas ruas da cidade. O assassino era um estudante sérvio de nome Gravilo Prinzip e pertencia a uma sociedade secreta a “Mão Negra”.

28 de junho era um dia especial para os sérvios porque nele se comemoravam a vitória na Segunda Guerra dos Balcãs, contra os turcos.

Os acontecimentos decorrentes desse atentado acabaram provocando a Primeira Guerra Mundial, a mais sangrenta da história como muitos registraram.

O Príncipe Francisco Ferdinando e a Princesa Sophia Maria
Muito se escreveu sobre esse atentado e sobre suas consequências. Porém encontrei um texto interessante e curioso sobre o automóvel em que Francisco Ferdinando foi morto. Esta história foi registrada em um livro sobre Sociedades Secretas, no tópico em que trata da "Mão Negra". Trata-se da obra de Tenório de Albuquerque "Sociedades secretas: as suas organizações, os seus mistérios, os seus objetivos."

É uma história no mínimo curiosa, para não dizer assustadora:

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O AUTOMOVEL EM FOI ASSASSINADO O ARQUIDUQUE FRANCISCO FERDINANDO “DAVA AZAR”

O casal de príncipes pouco antes do atentado

         O carro  em que foi assassinado o arquiduque teve um estranho destino. Comprou-o um oficial sérvio que morreu, juntamente com dois lavradores num desastre com o carro. Um dos novos governadores da Iugoslávia comprou-o a seguir e foi vitima de um desastre que lhe custou a amputação do braço direito.
         Impressionado, ordenou a destruição do carro  - “dava azar”. Mas um médico pediu-lhe que lhe vendesse. Sofreu também um desastre: o carro capotou, matando-o. Um corredor suíço foi seu novo proprietário – mas não por muito tempo: morreu ao seu volante, ao disputar uma prova.
O momento do ataque de Gravilo Prinzip -
Retrato de Francisco Ferdinando
         A vítima seguinte foi um fazendeiro. Numa manhã, ao rebocá-lo no pátio fronteiro à sua casa, achava-se enguiçado – o motor entrou a funcionar inesperadamente. Estava engrenado e atropelou - mortalmente o fazendeiro.
         Um motorista, que mudara a cor do velho carro esperando com isso tirar-lhe o azar, morreu também ao dirigi-lo, juntamente com mais quatro passageiros, por fim, voou pelos ares ao ser atingido por uma bomba num ataque aéreo, na última guerra (Segunda Guerra Mundial).

ALBUQUERQUE, A. Tenório de. Sociedades secretas: as suas organizações, os seus mistérios, os seus objetivos. Rio de Janeiro: Editora Aurora, 1970. (Paginas 104-105).




terça-feira, 26 de junho de 2012

CANHÕES EXPOSTOS NO MUSEU JÚLIO DE CASTILHOS EM PORTO ALEGRE - RS

O Museu Júlio de Castilhos, situado na Rua Duque de Caxias, bem próximo do Palácio Farroupilha em Porto Alegre também possui o seu acervo de armas históricas.

Podem sem observados diversos canhões de diversos períodos históricos do Rio Grande do Sul.

Segue um texto informativo sobre o museu retirado do seguinte endereço: http://www.riogrande.com.br/turismo/palegre_museus_julio.htm

Museu Júlio de Castilhos

O prédio, construído em 1887, é um belo modelo de residência urbana e nobre do século XIX. O então presidente do Estado, Júlio de Castilhos, ali residiu com sua família no período de 1898 a 1903, ano do seu falecimento. Ainda permanece na casa o quarto do casal e o gabinente.
É o mais antigo Museu do Estado, criado em 1903 e instalado no casarão em 1905. Conta com um valiosíssimo acervo histórico, artístico e cultural, com peças, armas, roupas, utensílios e documentos ligados à história e formação do estado gaúcho.
Destacam-se os acervos da cultura indígena, Missões Jesuíticas, Revolução Farroupilha, Guerra do Paraguai, correntes migratórias e dos primeiros anos da República Rio-Grandense. No pátio, encontram-se canhões usados durante a Revolução Farroupilha.
O Museu também apresenta exposições temporárias e promove atividades culturais.


Rua Duque de Caxias, 1231, centro - Fone (051) 221-3959

Visitação - de terças-feiras a sextas-feiras, das 9h00 às 17h00; sábados e domingos, das 13h00 às 17h00.
  

Estive em visita ao Museu Júlio de Castilhos em Fevereiro de 2010 e tirei algumas fotos que agora publico no “História&Informação”:


Canhão de Salva: Pequeno canhão de antecarga em ferro fundido
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)


Pátio dos Canhões - Museu Júlio de Castilhos
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Pátio dos Canhões - Museu Júlio de Castilhos
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Pátio dos Canhões - Museu Júlio de Castilhos
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Pátio dos Canhões - Museu Júlio de Castilhos
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Canhão usado durante a Revolução Farroupilha - 1835-1845
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Placa de identificação do canhão - "Utilizado pelos Revolucionários de 1835-45"
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Canhão identificado com um " G  R " de George Rex - REI GEORGE
Um canhão de origem inglesa
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)
  
Pátio dos Canhões - Museu Júlio de Castilhos
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Pátio dos Canhões - Museu Júlio de Castilhos
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Pátio dos Canhões - Museu Júlio de Castilhos
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Pátio dos Canhões - Museu Júlio de Castilhos
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)


Canhão Krupp de retrocarga
Muito utilizado no longo período que vai de 1870 até 1942
No Brasil foi utilizado nos conflitos da Revolução Federalista,
Canudos, Contestado e Revoluções do Período Tenentista
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

Canhão Krupp de retrocarga
(Fonte: Prof.Me. Roberto Bondarik - Fevereiro de 2010)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

ARMAS EXPOSTAS NO MUSEU PARANAENSE - METRALHADORA MAXIM NORDENFELT

A  metralhadora Maxim Nordenfelt uma das armas mais curiosas em exposição no Museu Paranaense em Curitiba. Trata-se de uma metralhadora de canos múltiplos que foi desenvolvida no século XIX.
A arma dispõe de até  12 canos, colocados em linha e disparados manualmente por uma alavanca que se movimenta para frente e para trás. Foi Produzida em diversos calibres.
Metralhadora Maxim Nordenfelt sendo usada pela Policia Militar do Paraná

A peça exposta no Museu Paranaense pertenceu a Policia Militar do Estado do Paraná e consta que foi usada durante a Revolução Federalista em 1894. A Foto acima mostra a Maxim Nordenfelt neste período.
Abaixo a peça como esta sendo exposta atualmente na mostra:

(Foto: Prof.Me. Roberto Bondarik)

(Foto: Prof.Me. Roberto Bondarik)

(Foto: Prof.Me. Roberto Bondarik)

(Foto: Prof.Me. Roberto Bondarik)

domingo, 24 de junho de 2012

CANHÕES ANTIGOS DO MUSEU PARANAENSE - CURITIBA

Alguns dos canhões expostos no Museu Paranaense em Curitiba, parte integrante da História do Paraná. (Crédito das fotos: Roberto Bondarik)

Canhão utilizado em 1772 pelas tropas que, oriundas de São Paulo, eram comandadas pelo Coronel Afonso Botelho. Essas tropas fizeram expedições exploratórias e garantiram a posse dos Campos de Guarapuava, tomando-os dos índios Kaingang. (Fotos 01 - 02 - 03).

Foto 01

Foto 02
Foto 03


Foto 04 - Canhão do Período Colonial - Paraná

Foto 05 - Canhão do Período Colonial - Paraná


Canhão do século XIX. Possivelmente danificado quando de um disparo e reparado com madeira (Foto 06)
Foto 06

domingo, 17 de junho de 2012

O PRIMEIRO CLASSICO DE FUTEBOL DO NORTE DO PARANÁ NOTICIADO: A PARTIDA ENTRE CORNÉLIO PROCÓPIO E LONDRINA

O PRIMEIRO CLÁSSICO DE FUTEBOL DO NORTE DO PARANÁ NOTICIADO: A PARTIDA ENTRE CORNÉLIO PROCÓPIO E LONDRINA
Prof.Me.Roberto Bondarik
bondarik@utfpr.edu.br


                O Brasil se prepara, bem ou mal, para a próxima Copa do Mundo de Futebol que será realizada nestas paragens no ano de 2014. O Futebol é de longe o mais popular esporte coletivo do país e consequentemente do Estado do Paraná e dos seus Norte Pioneiro e Norte Novo. A ligação econômica e cultural com o Estado de São Paulo faz destas regiões paranaenses o habitat de torcedores dos mais diversos times de futebol paulistas.
                O futebol começou a ganhar espaço no Brasil no início do século XX influenciada por empresas britânicas e seus funcionários que para cá vieram e difundiram esse “esporte bretão” como diz o hino de um conhecido time paulista. Companhias de energia elétrica, bondes e principalmente ferrovias, atestam isso os diversos “Botafogo”, “Ferroviários Esporte” ou “Futebol Clube”, Operário e tantos outros nomes que remetem a empresas, atividades econômicas e seus trabalhadores. Os quadros de operários dessas organizações formaram as primeiras torcidas, porque não dizer, organizadas do Brasil.
Esporte centenário em Ponta Grossa e em Curitiba o futebol deve ter chegado ao Norte do Paraná, evidencia-se isso, também transportado pelos trilhos e vagões da Ferrovia São Paulo Paraná que fez a ligação entre a Ferrovia Sorocabana desde Ourinhos até os sertões de Londrina e Apucarana. Essa ferrovia de capital britânico e tinha como um dos acionistas o próprio Príncipe de Gales, herdeiro do trono britânico foi responsável pelo aceleramento da ocupação e colonização de toda a região compreendida pelos vales e sertões dos rios das Cinzas, Laranginha e Congonhas, fazendo surgir cidades, povoados, fazendas e sítios. O próprio Príncipe de Gales, futuro rei Eduardo VIII veio a região visitar e conhecer aquele deve ter sido um dos maiores projetos imobiliários daquele tempo, o loteamento do Norte do Paraná feito por brasileiros na margem leste do Rio Tibagi e por britânicos da Companhia de Terras Norte do Paraná nas terras a leste desse curso d’água.
A Ferrovia São Paulo – Paraná inaugurou a Estação Cornélio Procópio em 1º de Dezembro de 1930, a localidade tornou-se a residência de engenheiros, do pessoal qualificado e dos operários da ferrovia até que essa chegasse até Londrina. Deve ter sido esse pessoal todos os primeiros que praticaram o futebol nessas paragens.
Correio Paulistano
14 de Setembro de 1934 (p.04)
Em 14 de Setembro de 1934, Londrina seria emancipada e tornar-se-ia sede de Comarca em dezembro desse ano, o Jornal “Correio Paulistano” noticiou uma partida de futebol entre os times de Cornélio Procópio e “Londrinense”. Pode ter sido esse o primeiro clássico regional do futebol do Norte do Paraná. E foi também das primeiras coberturas jornalísticas de um evento esportivo na região.
Reproduzimos o recorte do jornal que trás entre outras informações as escalações dos dois times e alguns detalhes sobre a partida. Cornélio Procópio venceu por um a zero a partida.. Reparem no “enthusiasmo” e no “goal” do texto: 


=== Reprodução do texto===


NOTICIAS DO PARANÁ
LONDRINA

ESPORTE - Realizou-se domingo ultimo um animado jogo de futebol entre o Clube “Cornélio Procópio” da cidade que lhe empresta o nome, e o “Londrinense” desta localidade. Os quadros estavam assim organizados:
Londrina – Alcino, Benedicto, Vargas, Sebastião, Francisco, Octavio, Romim, José, Marquinho e Japonez.
Cornélio Procópio – Cartucho, Telles, Milton, Cabiúna, Loló, Mendes, Argentino, Danton, Marcilio, Mineiro e Pimenta.
As 17 horas entraram no campo os dois quadros, vindo à frente o quadro do time visitante, sob o maior enthusiasmo da numerosa assistência. Minutos depois o juiz apita e começa o jogo.
No primeiro tempo, apesar do forte ataque do londrinense, não houve goal. No segundo, tendo augmentado extraordinariamente o enthusiamo do público, o jogo se desenvolveu com perícia de parte a parte. Em dado momento Japonez, habilmente, consegue escapar pela direita e passa a pelota a Octavio, que chuta sem resultado, pondo-o fora. Com lindo passe de Mendes, Danton consegue o primeiro goal para seu clube. O jogo terminou com o seguinte resultado: 1 x0. Assim a palma da Victoria coube ao esforçado clube visitante.

terça-feira, 12 de junho de 2012

PREPARANDO POSTAGEM SOBRE ARMAS

Preparando postagem sobre o Museu do Exercito em Porto Alegre ... aguardem para essa semana ... blindados, artilharia e tudo o mais ...

domingo, 20 de maio de 2012

FRANCISCO MOREIRA DA COSTA E SUAS LIGAÇÕES HISTÓRICAS COM O MUNICÍPIO DE CORNÉLIO PROCÓPIO

Este texto foi utilizado como referência para justificar a aprovação de uma moção de aplauso pela Câmara Municipal de Cornélio Procópio à Família Moreira pela atuação do Coronel "Chico Moreira" na colonização e constituição da cidade.

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FRANCISCO MOREIRA DA COSTA E SUAS LIGAÇÕES HISTÓRICAS COM O MUNICÍPIO DE CORNÉLIO PROCÓPIO

Prof.Me.Roberto Bondarik
bondarik@utfpr.edu.br

            Francisco Moreira da Costa nasceu em 1° de dezembro de 1877 na Fazenda da Pedra, localidade de Cristina no Estado de Minas Gerais. Foi político e empresário em Santa Rita do Sapucaí – MG, tendo sido prefeito desta cidade por mais de 20 anos (11913-1938). Era irmão de Delfim Moreira da Costa que havia sido Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil no final da década de 1910. Como empresário em 1927 fundou com o Coronel Joaquim Inácio Ribeiro e outros o Banco Santarritense, que em 1937 fez fusão com o Banco da Lavoura de Minas Gerais, sendo diretor do mesmo e mais tarde diretor-presidente do Banco Nacional de Minas Gerais. Sua filha Luzia Rennó Moreira (Sinhá Moreira) foi grande incentivadora da educação profissional e tecnológica em sua cidade.
CORONEL FRANCISCO 
MOREIRA DA COSTA
(Fonte: site da Prefeitura do
 Município de  Santa Rita 
do Sapucai - Minas Gerais)
            A aproximação de Francisco Moreira da Costa com Norte do Paraná, mais especificamente com Cornélio Procópio e Santa Mariana deu-se por meio de suas atividades empresariais. Moreira da Costa possuía uma empresa imobiliária na qual foi sócio de Antonio Paiva Júnior, era a “Colonizadora Paiva & Moreira”.
            Sabemos que a colonização da área de Cornélio Procópio tomou impulso quando o Coronel Francisco da Cunha Junqueira, genro de Cornélio Procópio, que em 1923 adquiriu parte da Gleba Laranjinha, ou seja, as terras onde seriam erigidos os núcleos urbanos atuais de Cornélio Procópio e Santa Mariana. Francisco da Cunha Junqueira além de empresário também era político, importante, diga-se de passagem.

A decisão peremptória de fundar as duas cidades foi de 1924, com a medição das terras  e inicio da formação  das três fazendas em 1926, sendo a de Santa Mariana com três famílias japonesas e muitas outras em seguida (DIAS, 2000, p. 103).

Ligado ao Partido Democrático ele chegou a ser Secretario da Agricultura do Estado de São Paulo durante o período de intervenção federal que ocorreu logo após o sucesso da Revolução de 1930. As ações de Getúlio Vargas como chefe do Governo Provisório acabaram descontentando São Paulo e os paulistas tanto do Partido Democrático como do Partido Republicano que de opositores tornaram-se aliados na luta armada contra o Governo Federal. Desta forma em nove de julho de 1932 iniciava-se a Revolução Constitucionalista que oporia São Paulo ao restante do Brasil.

Francisco da Cunha Junqueira, como paulista, participou ativamente da revolução Constitucionalista, como outros paulistas quatrocentões da família Junqueira. De modo que com a derrota de São Paulo, em 1932, ele foi exilado. Sua esposa Mariana Balbina Procópio Junqueira, cujo apelido era Anita assumiu o controle da propriedade familiar [ no Norte do Paraná], iniciou o loteamento [de Cornélio Procópio] e negociou com a Viação Férreas São Paulo – Paraná (BRASIL, 1988, p. 36).

            Devido ao distanciamento de Francisco da Cunha Junqueira, o então povoado de Cornélio Procópio crescia de forma desordenada no entorno da Estação Ferroviária do Km 125 da Ferrovia São Paulo – Paraná. Motivações políticas e econômicas levaram Francisco Junqueira a vender suas terras, inclusos os dois loteamentos urbanos.
            Francisco Moreira da Costa e Antonio Paiva Junior já desejavam comprar as terras de Junqueira desde pelo menos o ano de 19311 (DIAS, 2000). A esposa de Junqueira em cerca de dois meses acabou vendendo as terras aos dois compradores que constituíram a já citada “Colonizadora Paiva & Moreira”. A região Norte do Paraná se ligaria em definitivo a figura de Francisco da Cunha Junqueira.

A barrenta Cornélio Procópio continuou a crescer desordenadamente, até que Junqueira vendeu suas terras para Antonio Paiva Júnior e Francisco Moreira da Costa. Foi organizada a Colonizadora Paiva & Moreira, ficando com o Moreira a colonização da antiga fazenda Santa Mariana, e com Paiva Júnior a colonização de Cornélio Procópio. Foi feito outro plano de loteamento [substituindo do de Francisco Junqueira] e, a partir de 1935, José Tavares Paiva começou a vender os lotes e datas. A futura cidade começou a ter uma estrutura melhor (BRASIL, 1988, p. 71).

            A sociedade deve ter sido desfeita em 1935 quando são divididos entre os dois os lotes de Santa Mariana e de Cornélio Procópio (DIAS, 2000). De qualquer a forma a ligação de Francisco da Cunha Junqueira com o Norte do Paraná estava já selada, uma prova intensa disso é a Igreja Matriz de Santa Mariana que é cópia da que existe na cidade natal de Moreira, Santa Rita do Sapucaí.

No Paraná onde tinha adquirido muitas terras, Chico Moreira praticamente construiu a cidade de Cornélio Procópio, e na cidade de Santa Mariana fez uma réplica exata da Igreja de Santa Rita do Sapucaí. Como incentivador, nessas fazendas do Paraná, cedeu algumas glebas para seus sobrinhos, auxiliando-os na produção do café para que, através desses rendimentos, fossem aos poucos pagando ao tio o referente ao valor da terra. Sinhá Moreira acompanhava muito o pai em todas as suas viagens (FONTES, 2007, p. 25).



Igreja Matriz de Santa
 Rita do Sapucai - Minas Gerais
(Fonte: http:www.panoramio.com)
            Francisco Moreira da Costa foi ainda eternizado em Cornélio Procópio com o seu nome batizando uma das praças da cidade e também uma escola primária. Apesar de extinta essa escola, seu nome ainda é mantido na placa de bronze no hal de entrada do prédio hoje ocupado pelo Colégio Estadual “Cristo Rei” Ensino Normal, que oferece o curso de Magistério em nível médio.
            Consta que familiares de Francisco Moreira da Costa doaram a cidade de Cornélio Procópio os terrenos onde hoje se situam o Colégio Estadual “Zulmira Marchesi” e o Campus Centro da Universidade Estadual do Norte do Paraná.
Igreja Matriz de Santa Mariana - Paraná
(Fonte: http://deobrazil.wordpress.com)
            Francisco Moreira da Costa, ao lado de Antonio de Paiva Júnior, constituem-se nos dois grandes responsáveis pela continuação, reorganização e efetivação dos planos de colonização de Cornélio Procópio e Santa Mariana que haviam sido iniciados por Francisco da Cunha Junqueira. Desta forma podem também, ser apontados como responsáveis pela existência dessas duas cidades cujos pioneiros acreditaram no negócio que esses dois empresários lhes ofereceram.

Referências:

BRASIL, Átila Silveira. Das origens e da Emancipação do Município [de Cornélio Procópio], s.n.t. [1988].

DIAS, Paulo Ribeiro. Cornélio Procópio: a história em prosa e verso. Londrina: Gráfica e Editora Modelo, 2000.

FONTES, Lilian. Sinhá Moreira: uma mulher à frente do seu tempo. Rio de Janeiro: Gryphus; Belo Horizonte, MG: CEMIG: Cia Brasileira de Metalurgia e Minerações, 2007.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA RITA DO SAPUCAÍ. Francisco Moreira da Costa. Disponível em < http://www.santaritadosapucai. mg.gov.br/prefeitos/ 384-francisco-moreira-da-costa.html > Acesso em 12 mar 2012.


quarta-feira, 21 de março de 2012

CORNÉLIO PROCÓPIO - HISTÓRIA E PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO

Este texto foi publicado em Fevereiro de 2012 pelo Jornal Popular por ocasião do aniversário de emancipação política do Município de Cornélio Procópio. 
Procurei adequar alguns pontos para que ficassem mais claros e objetivos.

CORNÉLIO PROCÓPIO  
HISTÓRIA E PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
Prof.Me.Roberto  Bondarik

FERROVIA SÃO PAULO - PARANÁ ENTRE 
OURINHOS E APUCARANA
(FONTE:  http://vfco.brazilia.jor.br  ) 
O desenvolvimento econômico e social de Cornélio Procópio desde a sua ocupação efetiva, que se deu a partir de 1930 com o estabelecimento da Estrada de Ferro São Paulo – Paraná e sua respectiva estação foi todo ele baseado na cafeicultura. Esta dependência deu-se até 1975 quando ocorreu a Geada Negra. Outros fatores contribuíram para a erradicação cafeeira, porém esse foi o mais radical de todos.

Desde 1975 o Norte do Paraná, Cornélio Procópio ai incluso, tateia em busca de uma nova base econômica que sustente o seu desenvolvimento. Nestes já quase 37 anos passados diversas possibilidades surgiram e é evidente que houve uma imensa diversificação de atividades nas muitas regiões e municípios que compõem o Norte do Paraná. Seria muito difícil encontrarmos uma única atividade econômica como a cafeicultura que era muito abrangente e congregava capitais e pessoas de maneira intensa. Com a erradicação da cafeicultura perdemos dinheiro, população que se deslocou para outras regiões e perdemos representação política em relação ao próprio Estado do Paraná: menos eleitores, menos representantes, menos porcentagem dos orçamentos, etc.

O desenvolvimento passou a ser cobrado de forma intensa pelos eleitores e a principal política pública que se busca é a geração de empregos. Coube aos governantes e suas diversas esferas atuarem neste sentido e melhores perspectivas se fizeram sentir. A industrialização tornou-se o objetivo a ser alcançado pelo Norte do Paraná, porém atingi-la ou criar-lhe condições para seu estabelecimento e desenvolvimento é difícil. A indústria exige infra-estrutura (energia, transporte, espaço físico, etc), mão-de-obra aos menos minimamente qualificada e um ambiente de negócios que seja favorável ao empreendedorismo, ou seja, que haja oportunidade de negócio.

Cornélio Procópio possui atualmente uma boa infra-estrutura educacional, colégios públicos que possuem excelente nível e destaco o Colégio Estadual “Cristo Rei” (Magistério) como melhor exemplo disso, faculdades e universidades. No ensino superior destaca-se a Universidade Tecnológica Federal do Paraná que possui aqui um dos seus mais antigos Campi no Estado. Seu crescimento não foi apenas o físico que pode ser facilmente constado, mas de ensino. São hoje quatro cursos de engenharia (de Controle e Automação, Computação, Mecânica e Elétrica) cursos técnicos, cursos tecnológicos, licenciatura em Matemática, pós-graduação (especializações e mestrado), etc. O impacto econômico inicial do crescimento da UTFPR pode ser constado na construção civil da cidade e no mercado imobiliário, nunca se construiu e alugou tanto em nossa história, pelo menos desde os tempos da expansão do café. A relação direta da UTFPR com a indústria dá-se pela natureza de seus cursos que dão ênfase a preparação de pessoas que atuem dentro dos diversos níveis desse setor econômico.

Fachada do Colégio Estadual
Cristo Rei Ensino Normal
A importância de termos em Cornélio Procópio e no Norte Pioneiro um Campus da UTFPR pode ser medido pela apresentação de um caso concreto e atual na economia paranaense e que é o desenvolvimento industrial que se verifica em Ponta Grossa. Recentemente lançou-se a pedra fundamental de uma fábrica de caminhões, além de outras tantas indústrias de menor porte, muitas delas ligadas a cooperativas e a agropecuária. Em especial no caso da montadora de caminhões a oferta de engenheiros em formação, a existência de laboratórios e pessoal especializados na UTFPR foram fundamentais. Um detalhe deve ser levado em conta ainda: a Secretaria de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional (sim existe essa preocupação em integrar esses importantes setores por meio da qualificação) tem sido ocupada há anos por pessoas ligadas a Universidade, no caso dois ex-diretores locais. O atual secretário já foi vice-reitor da UTFPR e é coordenador do Curso de Mestrado em Engenharia de Produção. Conseguiu-se uma integração entre administração pública, universidade, oportunidades de negócio e desenvolvimento industrial quase sem comparações no restante do Paraná.
Campus Cornélio Procópio
da Universidade Tecnológica
Federal do Parana
(Fonte: http://www.utfpr.edu.br)

Oportunidades de negócio e de desenvolvimento tecnológico e industrial existem em Cornélio Procópio até mais que outras cidades do Norte do Paraná: espaço físico, uma Universidade Tecnológica formando engenheiros, energia, mão-de-obra, entre outros. Existe também uma falta de infra-estrutura que é comum a todo o Norte: faltam-nos estradas de qualidade, duplicadas, que permitam o fluxo de caminhões que são cada vez maiores. Beira o limite do absurdo um Estado como o nosso que se pretende moderno, ágil e desenvolvido não ser interligado por uma rede de estradas duplicadas que permitam um fluxo continuo de transporte entre suas diversas regiões. Há quase cem anos tivemos um Presidente da República para quem, governo e desenvolvimento eram abrir estradas.